Estratégias de Intervenção em PEA: Competências a trabalhar para prevenir o absentismo e o insucesso escolar - Módulo 3
6. AUTO-DETERMINAÇÃO E AUTO-DEFESA
6.3. ESTRATÉGIAS PARA AJUDAR A DESENVOLVER A AUTO-DETERMINAÇÃO E AUTO-DEFESA:
Saber mais sobre as necessidades dos estudantes com incapacidades
Trabalhar com outros educadores para identificar experiências exteriores à escola, que reforcem os planos de aprendizagem personalizados dos estudantes
Participar em observações do comportamento em sala de aula e ajudar a medir o progresso dos estudantes visualmente
Garantir que todos os estudantes têm acesso a informação sobre desenvolvimento de carreira e estabelecer um programa compreensivo de aconselhamento escolar para capacitar os estudantes a agir de uma forma autodeterminada, tirando partido dessas oportunidades. Certificar-se que os estudantes conhecem os seus direitos.
Envolver o estudante em decisões sobre a sua aprendizagem: o que lhes dá a oportunidade de falar diretamente com a equipa sobre os objetivos, o plano de transição, sobre o que ajuda e não ajuda.
Praticar como o estudante pode falar com os professores sobre os seus problemas: essas conversas podem ser difíceis de iniciar para um adolescente. Praticar “inícios de conversa” para facilitar.
Modelação eficaz de capacidades de autodefesa.
- Estratégias específicas para desenvolver a autodeterminação e autodefesa:
Parar, olhar, ouvir: algumas crianças com PEA estão focadas em si mesmas e têm dificuldade em entender certos comportamentos sociais. É útil colocarem-se a si mesmas algumas questões:
Quem está aqui envolvido? São amigos, conhecidos, figuras de autoridade? O que sei sobre essas pessoas? O que posso esperar?
Onde estamos? Qual é o contexto?
O que está a acontecer/o que estão as pessoas a fazer? É importante analisar verbalmente quem está a fazer o quê.
O que sentem os outros e quais podem ser os seus pontos de vista?
Qual é o meu papel aqui? Isto é-me pessoal?
O que é provável acontecer?
Capacidades de resolução de problemas:
Identificar o problema: como é, quando as coisas são como queremos que sejam?
Analisar o problema: em que fase está o problema? Isso ajuda a identificar a urgência do problema.
Descrever o problema: escrevê-lo sob forma de uma afirmação, usando aproximadamente 12 palavras.
Procurar as causas: o que causou esse problema? Quem é responsável por esse problema? Quando surgiu o problema pela primeira vez? Porque aconteceu? Como se deu essa variação em relação à norma? Em que é que mais nos afeta? Como podemos resolver este problema? Podemos resolvê-lo de vez, para que não volte a acontecer?
Desenvolver soluções alternativas: traçar uma lista de soluções alternativas e classificá-las com base na eficiência, valor a longo prazo e recursos necessários.
Implementar a solução: planear o que fazer a seguir, se algo correr mal.
Avaliar os resultados: funcionou? Foi uma boa solução?